Brasil tem melhor streaming de vídeo móvel que Estados Unidos
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[Publicada
originalmente no Mobibe Time] Velocidade
de rede não é garantia de uma boa experiência ao assistir vídeos em um
smartphone. É o que prova uma pesquisa feita pela Open Signal, que, pela
primeira vez, avaliou a qualidade da experiência de streaming de vídeo em redes
móveis. O Brasil, por exemplo, está à frente dos EUA no ranking, embora tenha
uma velocidade média de download pior (12 Mbps contra 16,53 Mbps).
Para
medir a qualidade da experiência com streaming de vídeo, a Open Signal levou em
conta três critérios: a resolução do vídeo, o tempo que leva para iniciar a
reprodução e a quantidade de vezes em que o vídeo trava.
Com
base na análise de dados captados de usuários com diferentes modelos de
smartphones e conectados às redes de diferentes operadoras, a pesquisa calculou
uma pontuação, em uma escala de 0 a 100, para medir a qualidade do streaming de
vídeo de cada um dentre os 69 países analisados. Dentro dessa escala, uma
pontuação de 0 a 40 indica uma má qualidade para streaming de vídeo; de 41 a
55, qualidade razoável; de 55 a 65, boa qualidade; 65 a 75, muito boa; e de 75
a 100, excelente. Foram feitas 87 bilhões de medições em 8 milhões de
smartphones entre maio e agosto deste ano.
Nenhum
país obteve uma pontuação acima de 75, ou seja, nenhum apresenta uma qualidade
excelente para streaming de vídeo – cabe reforçar que a pontuação é uma média
de todas as operadoras, portanto, é possível que individualmente haja
operadoras em alguns países com pontuação acima de 75.
Apenas
11 países ficaram na faixa considerada muito boa. A liderança é da República
Tcheca, seguida por Hungria, Noruega, Bélgica, Emirados Árabes Unidos,
Cingapura, Holanda, Dinamarca, Áustria, Suíça e Eslováquia, nesta ordem.
Nota-se, portanto, que a maioria dos países no grupo com qualidade muito boa de
streaming de video está na Europa, à exceção de Emirados Árabes Unidos e de
Cingapura.
A
maioria dos mercados analisados estão distribuídos nos grupos com qualidades
boa e razoável.
Todos
os nove países da América Latina que fazem parte do estudo estão na faixa
considerada razoável. O melhor deles é a Bolívia, na 40ª posição mundial. O
Brasil está na 51ª, à frente ainda de Colômbia, Chile, Peru, Costa Rica e
Equador.
Apenas
três países estão na faixa considerada ruim: Índia, Irã e Filipinas.
Velocidade
não é tudo
Quando
analisada a velocidade média de download dos países percebe-se que, embora
importante, ela não é um fator determinante na qualidade da experiência.
A
velocidade média da República Tcheca, líder em qualidade de streaming de vídeo,
por exemplo, é de 28,76 Mbps. Enquanto isso, a Coreia do Sul, que lidera em
velocidade média (45,58 Mbps), está na 16ª posição em qualidade de experiência
de streaming de vídeo.
A
explicação está no fato de que há outros fatores técnicos que impactam a
experiência de consumo de vídeo na rede móvel. Um deles é a latência. Quanto
maior, pior. Outro é a inconsistência na velocidade, o que pode travar a
reprodução.
Segundo
a Open Signal, é melhor ter uma velocidade constante de 20 Mbps do que começar
com uma velocidade altíssima de 50 Mbps e depois cair para 2 Mbps.
Também
pesam as políticas de uso de rede das operadoras. Nos EUA, por exemplo, por
causa da oferta de planos ilimitados, algumas operadoras restringem a qualidade
do vídeo em 480p. A resolução menor reduz a pontuação média do país no ranking
da Open Signal.
Os
EUA estão na 59ª posição, atrás do Brasil, embora tenham uma velocidade média
maior (16,53 Mbps contra 12 Mbps).
Na
avaliação da Open Signal, a velocidade faz diferença no streaming de vídeo em
mercados onde a sua média está abaixo de 15 Mbps. Acima desse patamar, sua
relevância diminui e o que faz diferença são a latência e a consistência da
banda larga.
Com informações Portal Tela Viva por Fernando Paiva
Com informações Portal Tela Viva por Fernando Paiva
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