Jornalista diz que tem lavagem de dinheiro no Flamengo
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O jornalista Rodrigo Viga, da Rádio Jovem Pan, afirmou em um
dos programas da emissora que o Flamengo tem um esquema interno de lavagem de
dinheiro com "fundo paralelo" que não passa por "vias
legais". A informação foi publicada pelo UOL Esporte. O profissional disse
ter informações e detalhou a situação que, segundo ele, envolve até
empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato.
Com a repercussão nas redes sociais, o vice-presidente geral
e jurídico, Rodrigo Dunshee, se pronunciou a respeito. "Logicamente que
esse cidadão será processado pelo Flamengo. Totalmente desinformado, irresponsável
e gerador de fakenews. O Flamengo não tem pirâmide, lava jato ou contabilidade
paralela. É um exemplo de clube, hoje auditado pela Ernest Young. Esse repórter
da Jovem Pan será processado, assim como a empresa, que responde pelos atos do
seu funcionário. Acho importante que vocês saibam disso", postou em sua
conta no Twitter.
O jornalista ainda garante que empresas envolvidas nas
investigações da Lava-Jato haviam investido neste fundo criado, "desde a
época do Bandeira de Mello" e que o "dinheiro não aparece porque é
crime e teria gente no xilindró".
"O valor nunca é real. Se falam que é 40, não é 40, é
30. Eu já disso isso aqui uma vez nos microfones da Joven Pan. Montaram um
fundo, desde a época do Bandeira de Mello, que funcionava da seguinte forma...
Um fundo paralelo, que não era registrado por CVM, Susep, por Banco Central...
Era um fundo paralelo. Se você quisesse ser cotista desse fundo, botava R$ 500
mil, depois botava R$ 1 milhão, depois botava R$ 1,5 milhão. Agora, você coloca
dinheiro em um fundo, você espera retirada, espera ter o retorno deste dinheiro
no horizonte de seis meses, 12 meses. E isso não aparece no balanço contábil do
Flamengo. Então, por isso os números do Flamengo são inflacionados. Mas pode
ter certeza, eu garanto, nunca condizem com a realidade", disse ele.
"Tem de ter a saída de caixa, mas para você dar essa
movimentação desse fundo paralelo que foi montado dentro do Flamengo, isso não
passa pelas vias legais. Vou tentar ser um pouco mais claro. Por exemplo, no
caso do Vitinho, disseram que foi a contratação mais alta da história, até
então, do Flamengo... 40 milhões de euros (nota da redação: foram R$ 43
milhões). Não foi 40 milhões de euros, foi na casa de 25, 30 milhões de euros.
Os outros 10 milhões de euros seriam para remunerar os cotistas os cotistas
desse fundo paralelo, que não podem aparecer no balanço contábil do Flamengo,
porque senão o Flamengo vai ser penalizado, vai ser denunciado incluindo uma
série de crimes. Inclusive, muitas empresas aí da Lava-Jato, muitas
construtoras, colocaram dinheiro também nesse fundo paralelo do Flamengo. Mas o
dinheiro não pode aparecer, porque se aparecer, é crime. E aí, vai ter gente no
xilindró", completou.
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