Opinião! Clubes poderão pedir música no Fantástico

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Foto/Reprodução

Ao que tudo indica, mais uma vez a licitação de direitos internacionais do futebol brasileiro sofrerá um período turbulento. Assim como aconteceu no primeiro processo, ainda liderado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) há quase dois anos, uma empresa envolvida em um passado nebuloso está perto de levar os direitos de transmissão internacional do futebol. E, também como ocorreu em maio de 2019, quando o consórcio liderado pela SportPromotion ganhou a concorrência, mas não levou os direitos, esse cenário também pode acontecer no curto ou médio prazo.

Por que isso acontece? Porque, naturalmente, a decisão é tomada pelos clubes tendo em vista a necessidade financeira, e não o planejamento de médio prazo. Por mais que o processo, dessa vez, tenha tido algum estudo técnico prévio, ficou claro, ao ver as condições impostas para a concorrência, que tudo não passa de uma cortina de fumaça para o óbvio: os clubes precisam de qualquer dinheiro. As condições colocadas na disputa dos direitos são infantis.

A meta estipulada de saltar de 200 milhões de pessoas que assistem ao Brasileirão para 1 bilhão num espaço de cinco anos é acompanhada de outra, que diz apenas "novas receitas para os clubes". E esses são os únicos objetivos especificados.

Além disso, o documento joga para o parceiro todo o trabalho de construção de marca do Brasileirão. Os clubes não querem, eles próprios, terem de criar logomarca e estratégia de marketing para o produto que é deles. Preferem não gastar e dar ao parceiro o bônus e o ônus dessa estratégia. Da mesma forma, especificam que quem fará a produção das imagens dos jogos é quem tem o interesse nos direitos. A condição para tal? "Apresentar os custos de produção detalhados, que deverão ser pagos integralmente pelo proponente".

Do jeito que as condições são colocadas, os clubes não estão nem um pouco preocupados com visibilidade de suas marcas e do campeonato no exterior. Muito menos sabem o que isso significa. O negócio, nessas condições, não vale US$ 40 milhões em quatro anos. Ainda mais no cenário atual do mundo em meio a uma pandemia.

O que deve acontecer? Por mais que o negócio saia nesse primeiro momento e os clubes de fato recebam a grana da empresa que já mudou de nome para participar da concorrência, possivelmente o prejuízo seja maior do que o aceitável no primeiro ano. E, logicamente, os clubes alegarão incapacidade do parceiro e rasgarão o contrato.

Com três vendas frustradas em três anos, vai dar para pedir música no Fantástico.

Análise do jornalista Erich Beting/Portal Máquina do Esporte

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