Fifa quer cumprimento do contrato de transmissão da Copa do Mundo: por causa da pandemia do coronavírus Globo recorreu a Justiça
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A Fifa
entende e espera que o Grupo Globo cumpra os compromissos assinados referentes
aos pagamentos do contrato de direitos de transmissão para o período de 2015 a
2022. A informação foi publicada pelo colunista Marcel Rizzo, no UOL Esporte.
Um porta-voz
da Fifa afirmou que a entidade "não considera apropriado comentar
discussões que podem estar sujeitas a procedimentos legais". O caso deve
parar na Corte Arbitral da Suíça para definir se é necessária a renegociação
dos valores e modelo de pagamento, como a Globo quer, ou se fica como está. A
rescisão ainda é improvável.
"Sempre
procuramos apoiar nossos parceiros por meio de um diálogo construtivo e
continuamos a fazê-lo nas dificuldades que todos enfrentam durante a pandemia
de Covid-19", continuou a Fifa.
A ação
judicial aberta pela Globo no Brasil surpreendeu os executivos da Fifa, que
esperavam resolver as diferenças por meio de negociações. Não há, no momento,
previsão de rescisão por parte da entidade que comanda do futebol, mas isso não
é descartado caso de fato o caso chegue aos tribunais da Suíça, país onde está
a sede da Fifa.
ENTENDA O CASO
O Grupo Globo obteve uma liminar na 6ª Vara
Empresarial da Justiça do Estado do Rio de Janeiro nesta terça-feira (23) para
não pagar de forma imediata o valor de US$ 90 milhões (R$ 463 milhões no câmbio
atual), previsto no contrato de direitos de transmissão celebrado com a Fifa
para o período entre 2015 e 2022. A informação foi publicada pelo UOL Esporte.
O pagamento
deveria acontecer no dia 30 deste mês. O Grupo espera renegociar os valores do
vínculo em razão da pandemia do novo coronavírus, que comprometeu o calendário
do futebol internacional. O contrato em questão contempla a Copa do Mundo de
2022, no Qatar.
O processo
foi interpretado no último dia 16 e foi julgado em caráter de urgência. A juiza
Maria Cristina de Lima Brito concedeu liminar enquanto o contrato não é julgado
na Justiça da Suíça, onde foi celebrado. Caso o Banco Itaú, responsável pela
intermediação do pagamento, debite o valor à Fifa, tanto a entidade quanto a
instituição financeira receberão multa de R$ 1 milhão por dia de
descumprimento.
A Globo
alega que a pandemia do novo coronavírus fez todos os grupos de mídia passarem
por dificuldades financeiras. Além disso, o grupo de comunicação brasileiro
alega que competições da Fifa que estavam previstas para este ano foram
canceladas e que isso causou prejuízo.
Alega ainda
que o valor ficou impagável. US$ 90 milhões, no câmbio atual, representa algo
próximo de R$ 500 milhões, um fluxo de caixa que a Globo não tem no momento. A
empresa brasileira alega ser uma boa parceria - das cinco parcelas de contrato
pagas anualmente desde 2015, a emissora pagou todas em dia.
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