A pedido de TV: torneio com a maior premiação do futebol nacional pode ter valores reduzidos
Hoje, a Copa
do Brasil tem uma importância grande para a Globo. Suas finais costumam marcar
recordes de audiência na TV aberta e na TV paga, onde é exibida pelo SporTV.
Mas a emissora quer adequar o custo da competição para a realidade atual do
mercado, prejudicado pela pandemia do coronavírus em todo o mundo. O objetivo é
economizar, mas sem deixar que a Copa do Brasil seja atraente para os times que
participam.
Em 2016,
quando o contrato que vigora atualmente foi negociado, o valor pago foi um
recorde para a competição, que existe desde 1989, mas só passou a ser
valorizada como forte produto midiático a partir de 1995, quando foi adquirida
pelo SBT.
O valor foi
inflacionado na última negociação por causa da concorrência com o então Esporte
Interativo (atual TNT Sports). O canal esportivo da WarnerMedia fez proposta
para tentar ter a competição no seu catálogo.
Desde abril
deste ano, a CBF já estava ciente da posição da Globo sobre o mata-mata
nacional. A emissora não cogita, sob nenhuma hipótese, abrir mão da Copa do
Brasil. O seu foco atual está no futebol nacional, e o torneio é muito
importante para a TV aberta e TV paga. Em sinal aberto, por atingir recordes de
audiência nas fases finais. No SporTV, por ter muitos jogos disponíveis, o que
ajuda a preencher a grade de programação.
De fato, a
Copa do Brasil é milionária. Os seus finalistas recebem mais dinheiro do que os
campeões do Campeonato Brasileiro. A competição também chega a ser mais
rentável para quem fica pelo caminho.
A premiação
da Copa do Brasil destina R$ 50 milhões ao campeão, R$ 20 milhões ao vice, R$ 8
milhões aos semifinalistas, além de R$ 4 milhões pela participação nas quartas
de final.
Somados os
valores das fases iniciais, o primeiro colocado pode faturar até R$ 68,7
milhões, considerando que participe desde a primeira rodada. Só para se ter uma
ideia, antes do atual ciclo, a Globo pagava um terço do que paga hoje pelo
mata-mata - o valor estava na casa dos R$ 100 milhões anuais.
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