Estreia nesta terça-feira, serviço que promete revolucionar o streaming no Brasil
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Com
lançamento agendado para esta terça-feira (31), o Star+ já é a menina dos olhos
do Grupo Disney. Apesar de contar com muitas produções próprias e o catálogo da
Fox, o grande diferencial do serviço de streaming será o conteúdo esportivo da
ESPN Brasil/Fox Sports. Executivos da empresa admitem que, com uma oferta ao
público combinada com o Disney+, a plataforma tem um potencial grande para ser
um arrasa-quarteirão dos streamings no Brasil. As informações são da coluna de
Gabriel Vaquer no Portal Notícias da TV.
"Eu
vejo a concorrência falando que tem esporte também em suas plataformas e tal.
Mas eles têm um evento, no máximo dois [no streaming]. A gente tem 'os'
eventos. Quem tem esporte é o Star+", diz Carlos Maluf, chefe de Esportes
da Disney Brasil, em entrevista exclusiva ao Portal Notícias da TV.
De fato, a
Disney tem motivos para exaltar isto. Por fim de semana, serão ao menos 70
jogos de futebol exibidos, sem contar os outros esportes. Só no US Open, um dos
quatro maiores torneios de tênis do circuito, serão 22 sinais disponíveis.
"Vamos
fazer uma Olimpíada por dia. E isso com futebol, rúgbi, ciclismo, tênis... Tudo
ao mesmo tempo. Ou seja, vai ser um quebra-cabeça sempre. A gente vai ter que
encaixar a programação nos dois lados, tanto na TV por assinatura [ESPN Brasil
e Fox Sports] quanto no Star+, para ser relevante em ambos. É esse o nosso
desafio. Mas o filé de tudo estará no Star+", conclui Maluf.
Nos últimos
meses, a Disney comprou quase todos os torneios disponíveis no futebol europeu.
Só de maio para cá, chegaram as ligas da Itália e da França, além da Uefa
Conference League, da Copa da Itália, da Supercopa da Inglaterra e da renovação
do contrato da Europa League. Após a fusão com o Fox Sports, que ocorreu em
maio de 2020, a Disney virou a empresa que mais detém direitos de transmissão
de eventos no mercado brasileiro - são mais de 60 contratos.
"A
fusão deu muita musculatura, isso foi muito bom. Vieram direitos da Fox, juntou
o pouco que tinha a ESPN, com Inglês e Espanhol como carros-chefes, chegamos a
pegar o fim do Alemão em 2020/2021, chegou a Libertadores.... E nós fizemos uma
equipe que hoje está indo muito bem, com altos índices de audiência",
analisou Maluf.
Mas, segundo
ele, as compras não ocorreram exclusivamente para bombar a chegada do Star+ ao
Brasil. O que ajudou mesmo foi a falta de fôlego dos concorrentes para competir
com o dinheiro do conglomerado.
"Não
tem nenhuma relação o Star+ com a compra dos direitos. Nós vimos oportunidades
de mercado, fomos negociando e vencendo BIDs. A gente notou que a concorrência
não tinha tanto fôlego assim. O importante é que, com essa musculatura, com
esses direitos, a gente vai poder entregar mais de 70 jogos ao vivo. Além dos
jogos da TV em simulcast [exibição na TV e no streaming ao mesmo tempo], vamos
produzir mais jogos em português para o Star+, e você vai ter ainda mais 60
sinais chegando", relatou.
Disney no futebol nacional?
Com clubes
brasileiros na disputa, o Star+ só terá a Libertadores da América e a Copa do
Nordeste como atrativo para quem gosta de futebol. A fome por torneios europeus
pode virar uma vontade para as competições daqui? Não se descarta uma discussão
mais para frente. Mas não há nenhuma conversa ativa por enquanto.
"A
gente escuta, a gente está no mercado. A gente não é protagonista, como você
bem sabe, nesse mercado nacional. Nós temos a Libertadores, que não é bem
nacional mas tem times brasileiros, e a Copa do Nordeste. Mas tem a Lei do
Mandante aí. A gente não está louco correndo atrás, não somos protagonistas,
como eu disse. Vamos seguindo com o que está, que é muito bom, mas não vamos
virar as costas. Na hora certa, podemos conversar", avalia Maluf.
Sobre
Libertadores, mesmo com uma ótima relação com a Conmebol, a Disney não quer
cantar vitória antes da hora. "Nós vamos participar, como participamos de
outros. Tem vários fatores que podem mudar o jogo, como a forma que eles vão
empacotar. Confiante? Sempre. Se vai ganhar? Já perdemos Champions, já perdemos
Bundesliga... Mas que a gente quer renovar, a gente quer", opina o
executivo.
Combo turbinado
Para fechar
pacotes, a Disney vai lançar uma oferta conjunta de Disney+ e Star+ ao
consumidor, chamado de Combo+. Quem quiser os dois streamings pagará uma
quantia de R$ 45,90 por mês. Mesmo com tantas plataformas na praça, a Disney
está confiante de que esse valor e o cardápio dos dois serviços vão chamar
muito a atenção dos consumidores.
"A
Disney neste momento tem uma oferta só, que é a oferta combinada. Agora, teremos
o Disney+ e o Star+ com o esporte que atende toda a família. O grande
diferencial é o esporte. Ele, realmente, é chave, mas nós temos muito conteúdo.
Temos vários provedores como Lionsgate, Sony, NBC, entre outros, e entregamos
uma oferta muito grande para o espectador", diz Cristiano Lima, chefe de
Conteúdo da Disney Brasil.
"Claro,
nós vemos o mercado, e existe realmente uma oferta grande de streaming. A gente
aprende com a concorrência, a gente respeita muito a concorrência, mas sabemos
que a Disney tem uma oferta combinada poderosa", conclui Lima.
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