Estratégias opostas para direitos de TV: Globo e Facebook defendem mercados

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Em seminário na CBF sobre evolução do futebol, ficou claro que a Globo e o Facebook têm atualmente estratégias opostas na exploração dos direitos de televisão de campeonatos de futebol. A emissora brasileira entende que a exclusividade é essencial para gerar valor e obter receitas com as competições. Enquanto isso, o gigante de mídia social avalia que atualmente a maior frequência e o engajamento do público são mais relevantes para monetizar o campeonato.

O Facebook tornou-se um participante forte no mercado de futebol da América do Sul desde 2018. Para o Brasil, comprou os direitos da Liga dos Campeões para o país juntamente com o Esporte Interativo, e jogos de quinta-feira da Libertadores.

O Grupo Globo é a maior detentora de direitos de competições do Brasil em diversas plataformas, seja no pay-per-view, na TV Fechada e na TV Aberta. Entre os campeonatos, estão o Brasileiro, a Copa do Brasil, a Libertadores e os principais Estaduais.

"O futebol tem um diferencial, o altíssimo valor do ativo ao vivo. A gestão da exclusividade tem sido importante. Não se vende o que se oferece de graça", afirmou o diretor de direitos esportivos da Globo, Fernando Manuel. Para ele, o sucesso da Liga dos Campeões no Brasil tem como um dos motivos o fato de a UEFA saber gerir sua exclusividade.

A estratégia da Globo se explica porque sua prioridade atual é a exploração de PPV com a inclusão de clássicos na plataforma em vez da TV Aberta. Há ainda uma remuneração alta para o Sportv. "Prestígio não enche carrinho", afirmou ele, sobre a necessidade de remunerar os valores.

O executivo de esportes do Facebook para a América Latina, Leonardo César, foi em direção oposta. Para ele, a exclusividade pode ser um acréscimo, mas não é fundamental.

"O conteúdo está performando bem. Fizemos um acordo (com a Fox) para ter mais partidas (da Libertadores) que ajuda nessa mudança de hábito. Não é uma coisa trivial. Há complicações no caminho, desde a forma de receber o sinal a chegar as pessoas. Ter mais conteúdo é importante. A exclusividade não é fundamental. Ajuda, aumenta a audiência, mas não é fundamental", afirmou Leonardo César.

Ressaltou que o Facebook não é, nem pretende ser um canal. Sua intenção é ser uma plataforma que crie engajamento das pessoas. E entende que já existem formas de ganhar dinheiro com esse engajamento.

"É superimportante mostrar que tudo nasce do conteúdo. Primeira onda é a que conseguimos o engajamento, começa a criar a comunidade que você gere na sua plataforma. A partir daí, você pode criar formas de monetização. Já existem formas de monetizar, mas podemos criar novas", analisou Leonardo César.

Em debate posterior, Leonardo Cesar, admitiu ter interesse no futuro no Brasileiro e na Copa do Brasil, mas que não há negociação em curso. "Todo mundo tem interesse. Essa é fácil. Mas não tem nenhuma conversa acontecendo", analisou o executivo do Facebook. O DAZN também demonstrou interesse nas competições, sem ainda negociação em curso para isso.

Com informações Blog do Rodrigo Mattos/UOL Esporte

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