Sem patrocínio da Caixa, Brasileirão vê overdose de marcas e "poluição" nos uniformes
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Um levantamento exclusivo feito pela Máquina do Esporte mostra que, atualmente, 85 diferentes empresas anunciam nos 20 times que jogam a competição. No ano passado, com a Caixa patrocinando 12 clubes, o número de patrocinadores fixos nos uniformes era menor: 67 empresas, segundo o relatório do Ibope Repucom.
Outro fator que contribuiu bastante para essa corrida para a camisa dos times foi a participação de empresas da nova economia. Aplicativos buscam no futebol a exposição maior na mídia para conseguirem angariar novos clientes. Os bancos digitais que invadiram o patrocínio master dos clubes é o maior responsável por isso.
A enxurrada de marcas deve aumentar com a entrada das empresas de apostas, que voltaram a ter sua atuação legalizada no país. Na última semana, o Fluminense colocou a Kashbet na camisa. Ela se juntou a outras quatro empresas do segmento que já estavam nos times: NetBet (Fortaleza e Vasco), Casa de Apostas (Bahia, Botafogo, Cruzeiro e Santos), MarjoSports (Corinthians) e 188Bet (Atlético-MG).
Quem tem menos marcas distintas na camisa é também quem mais fatura com patrocínio no Brasileirão. O Palmeiras tem apenas Crefisa, FAM e Puma no uniforme. Sem contar o fabricante de material esportivo, os outros dois parceiros pagam R$ 80 milhões ao ano para o atual campeão nacional. Curiosamente, porém, isso não significa que o torcedor palmeirense veja o time jogar com a camisa mais "limpa". Crefisa e FAM têm, juntas, exposição em dez lugares diferentes do uniforme. A instituição financeira aparece em seis diferentes locais, e a de ensino, em quatro.
Com cinco clubes ainda sem patrocinador master, e muita criatividade para inventar novas propriedades, é possível que a Série A do Brasileirão chegue ao final de 2019 com mais de cem marcas expostas nos uniformes de seus 20 clubes.
Com informações Portal Máquina do Esporte por Erich Beting
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