Direitos de transmissão: presidente do Atlético/MG diz que disputa política pode derrubar MP e que mudança prejudica clubes pequenos
Foto: Pedro Souza/Atlético/MG |
A Medida
Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro vai permitir que os clubes
mandantes das partidas possam negociar os direitos de transmissão, seja com
emissoras ou até mesmo veiculando os jogos pelos próprios canais nas redes
sociais.
Segundo o
presidente do Atlético/MG, Sergio Sette Câmara, em entrevista ao Estado de
Minas e ao site Superesportes, a medida ainda está em fase inicial e corre
risco de ser anulada.
“Politicamente
falando, hoje existe uma rusga entre o executivo e o legislativo brasileiro. A
chance dessa MP não vingar no Congresso, não vingar por questão política é
grande, mas vamos ver como isso vai caminhar”.
O presidennte
do Atlético entende que o futebol deve ter um equilíbrio entre os clubes
grandes e pequenos para minimizar a mudança na questão dos direitos de
transmissão: “A medida provisória pegou a maioria dos clubes de surpresa. Foi
um trabalho feito praticamente pelo Flamengo, que foi lá fazer valer seus
interesses. Claro que isso tem uma repercussão muito maior para clubes grandes,
como o Flamengo e o Atlético, mas prejudica muito os clubes pequenos. Como
integrante do Conselho Nacional dos Clubes (CNC), temos que olhar as coisas
para o viés do Atlético e também para o viés do futebol. Afinal de contas,
minha representação na CNC não é defender os interesses do Atlético e sim dos
clubes".
"E aí
você tem clubes grandes como o Atlético e clubes pequenos também que podem ser
prejudicados com essa Medida Provisória. Não posso avaliar assim de plano, mas
acredito em repercussão maior a médio e longo prazo. Os contratos (com a Globo)
estão em vigor até 2023 e acredito que nada vai mudar. É algo que pode
acontecer a médio prazo”, completa o presidente.
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