Anatel libera e programadoras de TV paga podem oferecer conteúdos pela internet
Imagem/Reprodução |
O efeito
suspensivo à cautelar emitida pela Anatel-Agência Nacional de Telecomunicações em julho do ano passado que suspendia
a oferta pela Fox de canais lineares diretamente ao consumidor via Internet é
comemorado por parte do setor de TV por assinatura. A revisão do efeito
suspensivo, que havia sido negada ainda em 2019, foi concedida pelo presidente
da Anatel, Leonardo Euler, e se deu a pedido da TAP, associação que representa
programadores internacionais.
Para o CEO
da Guigo TV, Renato Svirsky, a nova decisão da Anatel foi "bastante
coerente". "Agora abriu o leque. O mercado está liberado para
entregar um produto melhor. O que é melhor para o consumidor, a gente consegue
fazer, e isso é bom para combater a pirataria", diz.
De acordo
com o fundador do serviço de TV por assinatura com entrega via streaming, a
plataforma ainda encontrava resistência por parte de muitos canais e programadoras,
que temiam negociar o conteúdo temendo uma decisão desfavorável ao modelo de
entrega via Internet. "É um passo em sentido à segurança jurídica. Sempre
vimos a decisão (anterior) da Anatel como contraditória", diz.
O
entendimento da empresa sempre foi o de que a distribuição via streaming não
configuraria um Serviço de Acesso Condicional, o SeAC. "Alguns canais já
compartilhavam da nossa visão e são distribuídos inclusive em outros
serviços", conta o executivo. No entanto, a revisão da decisão da Anatel
sinaliza qual é o caminho que a agência deve seguir em sua recomendação, dando
segurança àqueles que não compartilhavam da opinião defendida pelo serviço de
streaming. "Vai ter uma abertura maior nas negociações de conteúdo. Alguns
programadores estavam travados pelo receio dentro dos departamentos
jurídicos", aposta Svirsky.
A derrubada
da cautelar, vale lembrar, não encerra a necessidade de a Anatel avaliar o
mérito da questão, que está sob a relatoria do conselheiro Vicente Aquino com
previsão de ser colocada em pauta para o conselho diretor no dia 6 de agosto.
Ainda assim, a avaliação da Anatel não dá um ponto final à questão. Para
Svirsky a questão precisa ser decidida no Congresso Nacional. "É
importante que demos os próximos passos. É importante uma manifestação do
Congresso", diz. "Este episódio nos mostra quão importante é as leis
serem escritas de forma clara. Não houve nenhuma mudança, mas gerou-se um
conflito por interpretação que atrasou o desenvolvimento do mercado e da
tecnologia", finaliza.
Com informações Tela Viva News / Fernando Lauterjung
Comentários
Postar um comentário