Efeito da pandemia: modelo de receitas do Brasileirão é revogado pelo Grupo Globo

Foto/Reprodução

Visto como maior avanço do futebol brasileiro nos últimos anos para gerar um maior equilíbrio na divisão de receitas de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, o modelo de divisão variável da receita foi abolido pelo Grupo Globo neste ano. A proposta assinada pelo Coritiba não prevê a divisão da receita na proporção de 40-30-30, sendo 40% dividido igualitariamente entre os clubes, 30% conforme a performance esportiva e 30% pelo número de jogos na TV.

O motivo alegado pelo Grupo Globo para oferecer apenas um valor fixo ao clube paranaense para os contratos de TV aberta e pay-per-view (na TV paga, o Coritiba assinou com a Turner) foi a pandemia. Com menor previsão de receita com os direitos de transmissão do Brasileirão, a Globo ofereceu R$ 22 milhões fixos ao clube.

O Red Bull Bragantino, outro clube que ascendeu à elite do futebol nacional também recebeu proposta similar. No caso, R$ 30 milhões pelas três diferentes mídias. Até agora, porém, o clube não aceitou o negócio com a emissora. O time que fez a melhor campanha da fase inicial do Paulistão, é o único dos 20 clubes da Série A sem contrato com nenhuma empresa de mídia no Campeonato Brasileiro.

Procurada pela reportagem, a Globo afirmou que não pretende abandonar o modelo de divisão de cotas, considerando o ano de 2020 como excepcional.

"O acordo firmado com o Coritiba não significa abandono do modelo adotado desde 2019. É uma solução encontrada em conjunto pelas partes, diante das circunstâncias atípicas que todos vivemos", respondeu a comunicação da emissora carioca.

A adoção de um modelo de divisão de receitas variável partiu da proposta feita pela Turner, em 2016, para assinar com alguns clubes. À ocasião, a emissora ofereceu um acordo para a TV paga em que a receita seria dividida 50% igualmente, 25% conforme a audiência dos jogos exibidos e 25% pela performance em campo. A Globo, então, passou a oferecer a proporção de 40-30-30 nos acordos de TV aberta e paga, mas considerando não a audiência da partida, e sim o número de jogos que foram transmitidos pelos times em cada uma dessas mídias.

 

Ainda no ano passado, o modelo revolucionário da Turner não deu certo, uma vez que os clubes não conseguiram fazer decolar a audiência do canal TNT, e eles próprios pediram para dividir a receita entre os times igualitariamente. No caso da Globo, só o Coritiba ficará à parte do modelo adotado. Isso deve fazer com que o clube seja o que tenha o menor valor a receber da emissora pelos direitos do Brasileirão.

Com informações Portal Máquina do Esporte / Erich Beting


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