Na briga com a Turner clubes se unem à Globo e querem ir à Justiça
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A briga na
Justiça pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de 2020, que
começará no dia 8 de agosto é questão de tempo. Depois do Grupo Turner decidir
usar a Medida Provisória 984 para exibir jogos através do seu canal na TV
Fechada, o TNT, de times com os quais ele tem contrato contra os com quem a
Globo tem contrato, alguns clubes decidiram que vão acionar a Justiça para que
suas imagens não sejam televisionadas.
O primeiro a
tornar pública essa possibilidade foi o Atlético-MG, logo que a tabela do
Campeonato Brasileiro foi divulgada, em 22 de julho. Agora, outros times já
disseram ao Grupo Globo que estarão ao lado dele, como Atlético-GO e
Corinthians.
A definição
de ir à Justiça é uma forma de os clubes que têm contrato com a Globo
preservarem o acordo com a emissora e evitar que aconteça, no Brasileirão, o
mesmo que houve no Carioca, quando o Flamengo, que não tinha nenhum acordo de
transmissão para o torneio, conseguiu usar a MP para poder mostrar, como
mandante, o jogo contra o Boavista. A Globo, alegando que a Federação de
Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e o clube visitante não se
posicionaram contra isso, decidiu romper o acordo que tinha para transmitir o
Carioca de 2021 a 2024, mantendo só os pagamentos referentes à atual temporada,
que não teve os jogos decisivos exibidos pelo Grupo Globo em canal aberto e
fechado.
A disputa no
Brasileirão envolve diferentes aspectos, o que torna o cenário ainda mais
complexo. A Turner tem contrato, na TV paga, com oito clubes (Athletico, Bahia,
Ceará, Coritiba, Fortaleza, Internacional, Palmeiras e Santos). Mas ela discute
há meses uma possível redução desse acordo. O uso da MP para mostrar mais jogos
desses times pode gerar uma nova situação e levar a uma nova renegociação.
Por outro
lado, o Grupo Globo tem acordo com 19 clubes para a TV aberta, 12 para a TV
paga e 18 para o pay-per-view. A empresa já notificou a concorrente, a
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e todos os times com os quais ela não
tem contrato de que a MP não pode ser usada sobre acordos assinados antes de
ela ter sido editada. Assim, a Globo pode ir para a Justiça para tentar manter
preservados os contratos assinados desde 2016.
Outro ponto
que pode ter um impacto imediato é o contrato para o PPV. Caso a Justiça
entenda que a MP possa ser usada pela Turner ou até mesmo pelo Red Bull
Bragantino, único que não tem acordo com nenhuma emissora, os jogos que seriam
exclusivos da plataforma de assinatura perderiam ainda mais valor. Como a base
de assinantes do PPV caiu bruscamente por conta da ausência de jogos nos
últimos quatro meses, há a chance de o sistema entrar em colapso ainda este
ano.
Com informações
Portal Máquina do Esporte / Erich Beting
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