Análise: Nível de dirigentes no Brasil é uma piada

 

Foto: Divulgação / CBF

O futebol brasileiro nunca terá liga, organização e nem o mínimo de bom senso caso mantenha o nível atual de alguns dirigentes. Eles não são todos e, ao menos entre os grandes clubes, não são nem maioria. Mas aqueles menos comprometidos fazem um estrago inacreditável.

Não é nenhum exagero. O que aconteceu na reunião da CBF na quinta-feira (24) é uma mostra claríssima de que não existe condição de andar para frente quando não são todos os que têm como prioridade avançar, mesmo que pensem diferente. Encerrar o encontro que votaria a volta de público porque não houve clima para tal é inaceitável. Não são crianças. Ou não deveriam ser.

Mas foi isso o que aconteceu. Aliás, o pivô da confusão, o presidente da Ferj, Rubens Lopes, se justificou com a frase "roupa suja se lava em casa". Esse foi seu posicionamento em nota oficial, enviado por assessoria de imprensa. Não foi na hora, de cabeça quente. Ele achou a situação razoável.

Lopes vem ancorado na diretoria do Flamengo, que insistiu na volta do futebol e hoje insiste na volta dos torcedores. Os dirigentes da equipe querem que cada região resolva os seus problemas em seu momento e pouco se importam com o equilíbrio do campeonato ou com a segurança de seus rivais. Enquanto isso, no elenco do time, mais de uma dezena está contaminada pelo Covid. Não fica claro se o posicionamento do clube tem um forte viés político ou se é pura infantilidade dos mandatários do futebol carioca.

O bom, pelo menos, é que a reunião da CBF deixou claro que esse tipo de dirigente não é maioria. Ao contrário. Aparentemente, a maioria é contra a volta dos torcedores aos estádios. E só devem aceitar os fãs caso todos os clubes tenham a mesma condição. Uma decisão de muito bom senso e que parece ser o mais adequado em termos de esporte e, claro, de saúde pública. 

O futebol brasileiro parece continuar naquela que parece ser uma lição irretocável: copiar os maus exemplos e ignorar os bons. Alguns dirigentes acreditam que se deve voltar com torcida, como faz a Europa, mas que não se deve lutar por negociação em conjunto por direito de TV, como se faz na maior parte da Europa. A lógica é sempre seguida exclusivamente pelos interesses próprios, sem perceber que são todos sócios de um mesmo produto. Difícil.

Por Duda Lopes / Portal Máquina do Esporte

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