Pay-per-view do Brasileirão também no Amazon muda distribuição da cotas para os clubes
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Imagem / Reprodução |
O Grupo Globo anunciou uma parceria com a Amazon para venda do pay-per-view do Brasileiro dentro do sistema da gigante norte-americana. O objetivo é gerar novo meio para venda do produto no momento em que cai o número de assinantes nas operadoras de TV a Cabo. Há um detalhe: a distribuição de dinheiro para clubes muda para os pacotes negociados nas plataformas. As informações são do blog de Rodrigo Mattos no UOL Esporte.
Até agora, a
Globo distribuía o PPV no Brasileiro por meio das operadoras Claro e Sky,
telefônicas, Globoplay ou diretamente por meio de streaming de PPV. Há queda de
assinantes de TV a Cabo que estão na casa de 14 milhões — já tiveram 20 milhões
no auge. Como consequência, o PPV vai junto.
Como a venda
de streaming direto do PPV não decolou, faz sentido usar a base de assinantes
da Amazon que é uma das maiores plataformas de venda online. Assim, a Globo
tenta compensar as perdas dos assinantes de operadoras.
"Estamos
sempre analisando o mercado em busca de boas oportunidades para o
desenvolvimento do futebol. O movimento é mais um passo importante para o
fortalecimento de parcerias da Globo no esporte e amplia as janelas de
distribuição do Premiere para que o torcedor possa acompanhar seu clube nas
principais competições nacionais, em modelo similar ao já praticado com as
operadoras", explicou o Grupo Globo, por meio de assessoria.
Ou seja, a
Globo divide receitas com a Amazon assim como faz com as operadoras. Os
percentuais não foram informados. Questionada, a Amazon informou que não se
pronunciaria sobre o negócio.
A Globo não tinha obrigação de ouvir os clubes sobre a parceria porque detém os direitos de PPV. O contrato do Brasileiro prevê que ela pode ouvir a opinião das agremiações. Segundo a empresa, a receptividade nos clubes foi "muito boa". De fato, três dirigentes ouvidos pelo blog não fizeram reclamações.
Os clubes,
de fato, ganharão mais com a venda de pacotes. "Como o serviço funciona
como uma espécie de bilheteria virtual, com os clubes sócios das receitas
geradas pelo Premiere na Série A, quanto maior a abrangência do serviço, melhor
remunerados eles são", diz a Globo.
A questão é
saber qual a fatia que chegará de fato aos clubes. Pelo contrato, ao qual o
blog teve acesso, as agremiações ficam com 38% da arrecadação bruta do PPV na
venda por operadoras.
O acordo
entre Globo e clubes coloca outra possibilidade: "desenvolver serviços de
disponibilização dos jogos diretamente para os usuários finais para acesso aos
jogos sob demanda, por assinatura e compra avulsa, via internet ou qualquer
outra plataforma". Nesta hipótese, encaixa-se a venda direta de streaming
e pela Amazon.
Neste caso,
os clubes ficam com 50% da receita líquida da venda do PPV. Ou seja, a fatia
das agremiações depende dos custos da Globo, incluindo o acordo comercial que
tenha sido firmado com a Amazon e de venda. Se os custos forem baixos, os
clubes podem ganhar mais. Caso sejam altos, devem ficar com uma fatia menor.
Clubes como
Flamengo, Corinthians e Grêmio, que têm mínimos garantidos de contrato, não
devem ser afetados. Afinal já sabem o valor que terão ao final do ano a não ser
que a arrecadação seja bem mais alta e supere o patamar garantido. Outros
clubes, no entanto, podem ter variações. Já houve discussões entre agremiações
e Globo sobre custos e receita de streaming.
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