Grupo Globo desiste de campeonatos do exterior e o foco é o Brasil
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| Imagem / Reprodução |
Na última
janela de negociação dos direitos de transmissão da Champions League para o
mercado brasileiro, o Grupo Globo decidiu não fazer qualquer proposta à UEFA
para a aquisição do campeonato, que acabou indo para o SBT e a Turner.
A recusa da
Globo em participar da concorrência faz parte do novo posicionamento da
emissora, revelado por Fernando Manuel Pinto, diretor de esportes da empresa,
durante o programa “Tá Ligado”, no YouTube, apresentado pelo Portal Máquina do
Esporte.
“Não é só
uma questão de viabilidade. É um posicionamento e um foco do investimento. É um
aspecto notável da empresa de estar concentrando seus esforços na paixão dos
brasileiros pelo futebol brasileiro, num investimento na indústria e no esporte
local. Mas olhamos com grande atenção o crescimento e a relevância do futebol
europeu”, afirmou o executivo, responsável pelas negociações de direitos de
transmissão envolvendo o futebol.
Em quase 50
minutos de bate-papo, Fernando Manuel falou sobre a relação da emissora com o
futebol brasileiro, explicou os motivos para a divulgação da carta endereçada
aos clubes das Séries A e B do Brasileirão na última segunda-feira (23), e
comentou sobre a possível formação de uma liga de clubes, além da alteração da
legislação, que outorga apenas ao mandante dos jogos os direitos de venda da
transmissão de uma partida.
Crítico do
calendário do futebol brasileiro, o executivo também explicou o porquê da
necessidade de ele ser repensado, o que reduziria o tamanho e a relevância, por
exemplo, dos campeonatos estaduais.
“Antes de
ser um produto para a mídia, o futebol precisa ser um bom produto esportivo.
Esse é um tema que levanto desde 2016, 2017. A gente precisa cuidar do
calendário. Jogos demais trazem prejuízo técnico, canibalizam o produto. Eles
tornam a oferta exagerada, e isso tem impacto não só para a televisão, mas para
a ida do torcedor ao estádio”, afirmou Fernando Manuel, que disse ainda que
algumas competições, sem citar quais, deveriam ter prioridade no calendário,
“como em um embarque de avião”.

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