Clubes da Série B querem antecipar renovação de direitos de transmissão com Grupo Globo
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Os clube que
disputam o Campeonato Brasileiro Série B se reuniram no início desta semana com
a CBF e representantes do Grupo Globo e expressaram o desejo de acelerar as
negociações para os direitos de transmissão da competição a partir de 2023. A
informação foi publicada pelo UOL.
O contrato
atual termina após a edição 2022, mas os dirigentes pretendem abrir conversas
ainda em 2021. “A Série B hoje não é a mesma de três, quatro anos atrás. A
Série B está com clubes de expressão. A gente tem que começar a dar um norte”,
disse Francisco José Battistotti, presidente do Avaí e da Associação Nacional
de Clubes de Futebol (ANCF).
Como
princípio básico, os clubes da Série B querem reduzir a distância em relação à
Série A em termos de receita com direitos de transmissão. Atualmente, cada
clube ganha até R$ 8 milhões por temporada, sendo R$ 2 milhões para logística.
Assim, o contrato fica numa base de R$ 160 milhões anuais. O vínculo é assinado
com a CBF, que faz o repasse para os clubes.
Quem tem
torcida e uma base maior de assinantes no pay-per-view, como Cruzeiro, Vasco e
Botafogo, opta por uma modalidade diferente, recebendo de acordo com o número
que aparece nos registros da Globo. “Vamos ver se a gente fecha no fim do ano
para que a gente melhore o nosso produto. Hoje, o produto Série B está um pouco
defasado. Precisamos aumentar”, explicou Battistotti.
Os clubes
contrataram uma pesquisa junto ao Ibope/Repucom para verificar a audiência do
campeonato nas respectivas praças. O resultado ajuda a reforçar a visão de que
o valor recebido pelo torneio é pouco.
Os representantes da Globo ficaram de oficializar a primeira proposta em breve. Os cartolas dizem conversar com outros interessados. A presença da CBF significa que os clubes participarão de forma mais intensa das negociações.
“Vamos
analisar o que o mercado paga e o que é melhor para nós. O que nos interessa é
ter um valor real para o que é a Série B. Não pode ficar na proporção 10/1 em
relação à Série A”, acrescentou o dirigente, sem revelar a meta para não perder
poder de barganha diante do mercado.
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