Copa do Mundo junto com festejos de fim de ano faz Facebook mudar de ideia nos planos de mostrar futebol
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| Imagem / Reprodução |
Após dizer
que não investiria mais na compra de grandes eventos de futebol, o Facebook
voltou atrás e avança para adquirir a Copa do Mundo de 2022. De acordo com a coluna
de Gabriel Vaquer no Portal Notícias da TV, a rede social está de olho no
dinheiro despejado pelo mercado publicitário nacional em ano de campeonato
mundial de futebol, sempre entre os maiores investimentos dos anunciantes.
Por causa de
um acordo entre o Grupo Globo e Fifa para encerrar uma briga jurídica, a empresa
não tem mais a exclusividade digital do maior evento do futebol de seleções.
Ela vai exibir jogos da Copa no Globoplay, assim como fez com a Eurocopa, mas a
Fifa pode negociar o evento com outras empresas de internet, como redes sociais
e plataformas de streaming.
As
negociações entre Facebook e Fifa são intermediadas pela empresa Livemode e
estão em estágio inicial. YouTube, TikTok e Twitter também se mostraram
interessadas.
Em março
deste ano, o Facebook divulgou um comunicado em que afirmava que não iria mais
comprar direitos de transmissão no futebol. A intenção era concluir apenas os
contratos da Champions League e da Libertadores, este último até o fim de 2022,
e investir em novas formas de engajar torcidas.
"Embora
nossa abordagem em relação à aquisição de direitos esportivos esteja mudando
globalmente, nosso compromisso com o esporte não está. Continuaremos
trabalhando para trazer inovações e novas experiências para os fãs de esportes
torcerem, se conectarem, participarem de conversas e fazerem parte das
comunidades em torno dos campeonatos, esportes e atletas que amam, não importa
onde estejam", disse a empresa na ocasião.
Por que o Facebook mudou de ideia?
A mudança de
postura do Facebook se deve ao fator Copa do Mundo. Mesmo com o Grupo Globo
assegurado na transmissão, estudos de viabilidade publicitária do evento
apontaram que há muito o que ser explorado comercialmente.
No Mundial
de 2018, na Rússia, o mercado brasileiro desembolsou R$ 2,8 bilhões em ações
sobre a Copa. Os dados são do Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão),
entidade que reúne os principais anunciantes, veículos de comunicação e
agências de propaganda do país.
Como o
evento da Fifa está marcado para ocorrer entre novembro e dezembro em 2022, as
propagandas se unirão às festas de fim de ano, período mais importante em
vendas do comércio varejista.
Quem tiver
os direitos de transmissão vai se sobressair nessa briga. A Globo, inclusive,
deve divulgar ainda nesta semana o pacote comercial para a cobertura da Copa do
Mundo. A estimativa é de faturar, somente com o futebol, quase R$ 3 bilhões em
2022. É nisso que o Facebook mira suas armas.

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