Depois da paz selada com Conmebol, além da disputa pela Libertadores Globo quer Copa Sul-Americana
Após acabar com a briga jurídica que tinha com a Conmebol, o Grupo Globo
vai disputar, além da Libertadores, os direitos de transmissão da Copa
Sul-Americana a partir de 2023.
Segundo a coluna de Gabriel Vaquer no portal Notícias da TV, a Confederação
tem como prioridade retomar a exibição do segundo torneio mais importante do
continente na TV aberta.
Desde a rescisão da parceria entre DAZN e RedeTV!, no início de 2020, a
competição está fora da mídia mais tradicional. O objetivo é colocar pelo menos
um jogo por rodada em rede nacional, inclusive a final em partida única.
O pacote que será colocado à disposição terá essa cláusula de exibição.
O Grupo Globo também pretende negociar os direitos de TV por assinatura para o
SporTV.
O Grupo Disney, que tem a Libertadores neste momento, através do Fox
Sports, também tem interesse no certame para ampliar conteúdos do Star+, seu
serviço de streaming com eventos esportivos.
Hoje, as TVs veem a competição como mais atrativa. Desde 2020, existe
uma fase de grupos que assegura pelo menos seis jogos para times brasileiros.
Grandes times como o São Paulo estariam classificados para no ano que
vem disputarem a Sula, como é carinhosamente chamado o evento.
As primeiras reuniões da FC Diez Media com interessados nos direitos começam
na semana que vem. O SBT, dono da Libertadores na TV aberta, a WarnerMedia, a
Disney, a Globo e a Band, entre outras empresas que se interessam pelos
direitos, serão procurados.
Sul-Americana só no pay-per-view
A Copa Sul-Americana hoje está restrita ao Conmebol TV, um serviço de
payper-view operado por Claro e Sky em parceria com o Grupo Bandeirantes.
A Globo e Conmebol estavam em litígio pela rescisão da Libertadores, em opção se abriu após a saída do DAZN, que rescindiu o contrato com a competição em 2020 por causa da pandemia do novo coronavírus.
O streaming desembolsou US$ 35 milhões (R$ 195,3 milhões na cotação atual)
pelo torneio. Hoje, a Conmebol processa o DAZN e pede indenização por perdas e
danos materiais. A intenção da entidade é faturar pelo menos US$ 300 milhões
(R$ 1,6 bilhão) por ano com as vendas de seus eventos esportivos entre 2023 e
2026.
Globo e Conmebol estavam em litígio pela rescisão da Libertadores, em contrato
que ia até 2022. A Globo pagava US$ 60 milhões (R$ 334 milhões) para ter jogos
em TV aberta e paga. A Covid-19 e a alta do dólar foram determinantes pela
quebra. No acordo fechado no início da semana, a Globo pagará uma multa de alto
valor, parcelada pelos próximos dois anos.
Comentários
Postar um comentário