Conheça John Textor, o novo dono do Botafogo
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Formado em
economia, John Textor se tornou conhecido no mercado americano ao criar duas
empresas de grande sucesso no mercado da produção cinematográfica e da mídia.
Em 2006, o executivo se tornou o principal acionista da Digital Domain, uma
empresa de animação digital que, até então, estava próxima à falência. Sob seu
comando, a empresa trabalhou em mais de 80 longas-metragens e ganhou oito estatuetas do Oscar.
Em 2012,
depois de a empresa ter se tornado de capital aberto, Textor decidiu deixá-la
por não concordar com os rumos que estavam sendo tomados. Então, passou a
comandar o Facebank Group, uma empresa desenvolvedora de tecnologias
disruptivas para trabalhar com empresas de mídia. Em abril de 2020, o executivo
comprou a fuboTV, uma plataforma de streaming especializada na transmissão de
esportes ao vivo.
Em outubro
de 2020, a fuboTV foi listada na Bolsa de Valores de Nova York, alcançando um
valor de mercado de mais de US$ 8 bilhões, tornando-se um dos IPOs de maior
sucesso durante a pandemia. A venda da fuboTV foi o ponto de partida para que
Textor, um ex-skatista que quase se tornou profissional nos anos 80, decidisse
investir no futebol.
Em agosto de
2021, o executivo comprou 18% do Crystal Palace, da Premier League, por £87,5
milhões (cerca de 560 milhões de reais na cotação atual). A aquisição de parte
do clube inglês fazia parte de um sonho de Textor, que se autodeclara um “fã do
Crystal Palace” nas redes sociais desde antes de comprar o clube.
Pouco depois
da aquisição do time inglês, Textor ganhou fama em Portugal, onde tentou
adquirir uma parte do Benfica. Os planos do investidor americano, porém,
acabaram frustrados após grande parte dos torcedores terem se colocado contra a
aquisição, que tiraria do clube a autonomia para tomada de decisões. O Conselho
do Benfica acabou recusando a entrada de John Textor.
“Claro que
estou desanimado por saber, oficialmente, que a direção do Sport Lisboa e
Benfica não aprovaria a minha compra de ações. Também estou surpreso que minha
oferta para financiar as necessidades de capital do clube, em termos mais
favoráveis do que a emissão de títulos proposta, pareceu receber pouca
consideração. Não estou surpreso com esta decisão, mas estou desapontado. A
oportunidade de se juntar à família do Benfica, que ela própria já tinha
convidado o investimento público, seria uma oportunidade única”, disse Textor
após o veto do conselho do clube.
O americano
já havia declarado que pretendia, com o tempo, listar o Benfica na Bolsa de
Valores de Nova York, movimento que acabou enfraquecendo o apoio da torcida do
clube português ao negócio.
A frustração
da compra do Benfica tem sido compensada com a euforia dos botafoguenses após o
anúncio, mesmo que ainda não-oficial, de que houve a assinatura de um acordo
para que Textor passe a ser dono do clube. No alvinegro, a princípio, ele terá
toda a liberdade para implementar a sua visão de como o clube deveria ser
gerido.
Pelo
histórico de sucesso do investidor na recuperação e posterior revenda de
empresas, o Botafogo pode ser um bom negócio para ele.
Com
informações Portal Máquina do Esporte / Erich Beting
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