Para diminuir gastos Globo abre mão da exclusividade da Copa do Mundo
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A Fifa
confirmou os termos da renegociação. Ela aconteceu no ano passado, quando a
Globo e a entidade se acertaram em relação ao acordo que a TV havia quebrado
durante a pandemia. Em 2013, a emissora havia feito um contrato de longo prazo
para assegurar as Copas até 2030.
A Fifa havia
vendido esse pacote longo não só para o mercado brasileiro, mas também para
outras partes da América Latina. Ainda em crise por causa da pandemia de
coronavírus, a Globo acertou os direitos de 2026, mas abriu mão de 2030. Vai
deixar para adquirir ou negociar o Mundial de cem anos apenas mais para a
frente.
O Grupo Globo
também abriu mão da exclusividade digital, o que fez o streamer Casimiro Miguel
exibir a Copa de 2022 no Catar. Outro ponto é que a emissora preferiu comprar
apenas metade das partidas do Mundial feminino, que será atração em TV aberta e
no SporTV a partir de julho. Das 64 partidas, apenas 32 serão exibidas. O
streaming Fifa+ deve mostrar o evento na íntegra.
A intenção
da Globo é reduzir o valor do contrato. Até então, ela pagava US$ 90 milhões
(R$ 484 milhões na cotação atual). Fontes ouvidas pela coluna afirmam que o
valor atual é 55,5%, na casa dos US$ 40 milhões (R$ 215 milhões) por ano. A
Globo continua com os direitos de torneios de base da Fifa, como o Mundial
Sub-20, por exemplo.
Na Copa de
2026, a Globo será a principal parceira de mídia da Fifa no Brasil, mas a
entidade está livre para negociar diretamente com qualquer outra empresa que
deseja transmitir os jogos, já que a Globo também abriu mão da exclusividade
nas principais mídias.
Outra mudança no acordo é que a Rede Globo não é mais obrigada a mostrar todas as partidas do torneio. Até porque, na próxima edição, a Copa terá 48 seleções e 104 jogos. Se a Globo decidir transmitir todos, será por uma decisão editorial, não estipulada em contrato.
Agora, uma
empresa de TV aberta ou TV paga que quiser exibir as partidas da Copa não
precisará negociar com a Globo --que tinha o direito de barrar a
concorrência--; o negócio passa a ser diretamente com a Fifa. Isso pode
facilitar uma volta da Band, que não transmite a Copa desde 2014, ou do Grupo
Disney, que comprou direitos dos melhores momentos, mas não mostra jogos ao
vivo na ESPN ou Star+ desde o Mundial no Brasil.
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