Os planos da Fifa com a marca ‘mais simples’ da história das Copas
Foto: Divulgação / Fifa |
Diferentemente
do usual, a primeira versão logo aparece em preto e branco e não faz nenhuma
referência aos países-sede. Esta falta de detalhes, no entanto, tem uma
explicação e está relacionada aos planos da Fifa com a primeira Copa do Mundo
disputada em três nações.
De forma
geral, o objetivo por trás do design é tornar a marca inclusiva e altamente
personalizável em várias plataformas. De acordo com a entidade, a imagem do
troféu e do ano permite a personalização para refletir a singularidade de cada
anfitrião, ao mesmo tempo em que constrói uma estrutura de marca identificável
para os próximos anos.
- A marca
oficial apresenta aos fãs o novo emblema do torneio, tipo de letra e paleta de
cores marcantes, três elementos emocionantes que darão vida a este torneio nos
próximos meses e anos. Mas também vai além disso, pois abrimos inúmeras
oportunidades para as comunidades locais e nossos parceiros integrarem sua
própria história - explica Romy Gai, diretor de negócios da Fifa.
Após a
versão inicial, em preto e branco, a Fifa apresentou mais detalhes do logo da
Copa do Mundo 2026 com variações do design para cada uma das 16 cidades-sede
(veja no vídeo abaixo). A identidade visual ganha novas cores, formatos e
padrões sem perder o conceito da marca geral.
Outro ponto
positivo é que o logo poderá ser facilmente transferido e usado em produtos
oficiais do torneio, como moletons, bonés e camisas, por exemplo. O processo de
design foi liderado pela própria equipe de branding da Fifa, com consultoria de
agências não divulgadas.
A importância do logo e a visão de um
especialista
A
iconografia e a identidade visual estão presentes desde a primeira edição da
Copa do Mundo, em 1930, e tornaram-se cada vez mais importantes nas décadas
seguintes.
- (O logo) é
uma uma grande síntese da proposta de valor daquela edição do evento, pode ser
uma olimpíada, uma Copa do Mundo,. A marca, de um modo geral, tem essa
responsabilidade de representar da maneira mais sintética, mais consistente
possível, o que aquele evento oferece de diferente do anterior, ou seja, o que
ele traz de novidade e que tipo de convite ele tá fazendo para as pessoas.
Além, claro, de ter uma importância comercial grande, porque, de uma certa
maneira, é associação com a marca que financia esses grandes eventos. Uma boa parte do financiamento vem dos
patrocínios e os patrocínios estão diretamente ligados à associação entre a
marca do patrocinador e a marca do evento. Então tem uma super importância -
disse Frederico Gelli, criador da marca dos Jogos Rio-2016.
Os logos da
Copa do Mundo sempre incorporaram elementos culturais da nação anfitriã. No
Qatar, por exemplo, a marca foi trabalhada para se assemelhar a um xale de lã,
vestimenta tradicional da região. A aposta em um design genérico e com personalizações
foi a forma que a Fifa encontrou de manter o histórico em um Mundial com três
países-sede.
- As pessoas
sempre batem, é mais fácil bater do que elogiar. Eu pessoalmente gostei da
marca. Num primeiro momento, estranhei a ideia de ter a foto sobre o 26, é meio
inusitada. Tem um caráter que parece uma coisa mais ligada à comunicação do que
a uma identidade, uma marca. Mas, depois, (mudei de ideia) olhando com mais
atenção todo o conteúdo que não está muito divulgado, principalmente os vídeos.
Isso funciona: a ideia de ser uma marca que tenha essa flexibilidade para poder
garantir particularização para cada uma das cidades-sede - opinou Frederico
Gelli.
Apesar das
críticas de fãs nas redes sociais, o especialista afirma que o logo da Copa do
Mundo 2026 foi bem realizado e não há risco de qualquer impacto comercial para
a Fifa.
- Acho que a
marca tem uma coisa bold, dinâmica, com essa flexibilidade, tem uma tipografia
que acompanha e foi desenvolvida integralmente. Acho que até essa questão da
marca ser uma janela, uma tela, que vira um espaço em que conteúdos diferentes
possam ser reverberados ali - que no caso seriam cores e padrões que combinam
com cada uma das cidades - não é nenhuma novidade, mas eu acho que está bem
realizada - opinou Fred Gelli, antes de completar:
- Não
acredito em nenhum tipo de prejuízo para a Fifa. As pessoas não entenderam
direito ainda e (devem mudar de ideia) quando começarem a ver as aplicações,
porque isso faz muita diferença. Tem marcas que tem um de encantamento por si
só. Você vê a própria marca e ela já dá conta de contar muitas histórias e tudo
mais. Tem outras marcas que dependem mais dos desdobramentos, das aplicações,
que acho que é muito o caso dessa identidade. Acho que, quando os
desdobramentos começarem a aparecer, as aplicações começarem a aparecer, as
pessoas vão gostar e a identidade vai funcionar.
Com
informações Portal Lance!
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