Flamengo pode deixar a Libra; clube pressiona por mudanças na divisão de receitas de transmissão do Brasileirão
Foto: Departamento de Comunicação do Flamengo / Gilvan de Souza |
Desde que
assumiu a presidência do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista determinou uma revisão
completa dos contratos com a emissora e das regras estabelecidas pela Libra.
Para isso, contratou o ex-executivo do Grupo Globo, Marcelo Campos Pinto,
especialista em negociações de direitos de transmissão, para conduzir os
estudos e tratativas.
Após uma
análise detalhada, a diretoria concluiu que as perdas podem ser ainda maiores
do que as inicialmente previstas no momento da assinatura do contrato. Enquanto
a Libra estimava um ganho de R$ 220 milhões anuais para o Flamengo, os cálculos
internos do clube apontam que o montante pode ser reduzido para R$ 150 a R$ 160
milhões, colocando o Rubro-Negro atrás do Palmeiras, mesmo em um cenário de
terceiro colocado na tabela do Brasileirão.
A principal
mudança sugerida pelo Flamengo envolve a forma como é medida a audiência e a
força comercial do clube no Pay-Per-View (PPV). Atualmente, a torcida
rubro-negra representa 21,5% da base de assinantes do serviço da Globo, mas,
dentro da distribuição da Libra, esse percentual cai para 37% no rateio de
receitas. Se o critério fosse ajustado, os ganhos do Flamengo saltariam para R$
108 milhões apenas nesse item. Com outras alterações no PPV defendidas pelo
clube, a projeção de arrecadação total subiria para R$ 250 milhões anuais,
valor considerado justo pela diretoria.
A
movimentação do Flamengo aumenta a pressão sobre a Libra para revisar as regras
do contrato e pode ter desdobramentos significativos na distribuição das cotas
de transmissão do Campeonato Brasileiro. Caso o grupo não aceite os pleitos
rubro-negros, a saída do clube da Gávea do bloco de negociação coletiva pode
impactar o equilíbrio de forças no mercado dos direitos de TV do futebol
brasileiro.
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